domingo, 22 de outubro de 2017

Migalhas

Mundo cão
Aécio [dois milhões] Neves volta para as baladas e, mas aí não importa muito, para o exercício do mandato. Esse é o resultado da tibiez da presidente do Supremo que, ao votar na semana passada, em vez de defender a instituição que preside, resolveu ficar bem na fita com o Legislativo. O argumento principal era de que um Poder não podia se imiscuir no outro. Ontem mesmo S.Exa., se é um pouco esperta, percebeu a esparrela na qual caiu. Senão, vejamos. O Executivo, ou melhor, dando nome aos bois, Temer foi na casa de Eunício para organizar a votação pró-Aécio. Em outro lance, Alexandre de Moraes decidiu que a votação seria aberta, de modo que fulminou as traições que certamente Aécio teria. Enfim, entre mortos e feridos, queremos ver a vergonha que terá um juiz do interior ao condenar um cidadão que pegou "emprestado" R$ 2 mi. 
Cacoete
A propósito da situação do Judiciário perante o Legislativo, a imagem ontem estampada no Jornal Nacional, de Alexandre de Moraes postado como um segurança (no máximo um assessor) de Rodrigo Maia, é vexatória. Veja com seus próprios olhos, migalheiro.

Uma historinha da terra do ministro Carlos Ayres Britto, Sergipe.
Mamãe, pode morrer tranquila
Fernando Leite, filho do senador Júlio Leite, presidia a Assembleia de Sergipe quando Seixas Dória era governador. Seixas teve de ir ao Rio enquanto o vice-governador Celso Carvalho estava no Rio Grande do Norte assistindo ao enterro da sogra. Assumiu o governo o presidente da Assembleia por dois dias. Fernando Leite mandou telegramas a todas as embaixadas comunicando ao mundo sua governança. Orgulhoso, como bom filho, telegrafou à mãe, internada e gravemente enferma em hospital do Rio:
- Mamãe, pode morrer tranquila. Seu filho é governador. Beijos, Fernando.

Um pouco de literatura
No século XIX, era publicado o livro "Systema Representativo", de José de Alencar. Nele, consta a frase que descortina este informativo e outras críticas ferrenhas do autor de Iracema ao voto secreto, que não era adotado naquele tempo: "Na sombra do anônimo se cometem todas as vilezas, traem-se nobres compromissos, escolhem-se homens só dignos de desprezo."
Garçom, aqui nesta mesa de bar
Pedindo uma oportunidade para esclarecer os fatos, Joesley Batista enviou uma carta ao ministro Fachin na qual explica que a famosa gravação feita por ele captou uma infeliz conversa "de dois amigos em ambiente privado", que sob "efeito de bebida alcoólica jogam conversa fora, fazem brincadeiras".

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